O Estado da Arte No Ofício
A produção da Gravura em metal na Faculdade de Belas Artes da UFMG
22 de novembro de 2017, das 14 às 22 hs, na Casa da Gravura
PARTICIPANTES:
Professores e ex-professores
Clébio Maduro
Eliana Ambrósio
Lucia Pimentel
Maria do Céu Diel
Maria do Carmo Veneroso
Alunos e ex-alunos
Alê Fonseca – monitor do atelier
Amanda Barbosa de Abreu
Bárbara Grillo
Daniel Pizani Marcal
Felipe Florencio Carvalho
Heloisa Helena Silva Ribeiro
Iwens Mendes do Carmo Mulellos
Júlia Cristina de Deus Melo
Julia Pugliesi Abdalla
Julia Santana de Melo
Luisa (lua) Plaza dos Santos
Manassés Muniz
Marina Guimaraes Moreira
Melissa Carvalho Lettieri
Paulo Sergio Cheberle Pardini
Paulo Roberto Santos Romero
Raíra Francielle Costa Rocha
Raquel de Alencar Barros
Roberto Haddad dos Santos
Sergio Roberto Martins
Tâmara Martins Pereira
Vitória Gonçalves Morão
Christine Pereira
Thomaz Carvalho
Thyer Machado
A coleção de estampas apresentada na Casa da Gravura oferece um breve panorama do ofício num locus de trabalho específico, para qual buscou-se selecionar obras que ilustrassem uma linha de pensamento e uma postura ética da gravação e impressão.
Tal linha estrutura-se por uma recorrência de pesquisas em afinidade, mas que se estabeleceram a partir da influência do professor Clébio Maduro, recentemente aposentado, mas que legou uma maneira muito peculiar de se lidar com o fazer e pensar o ofício.
Em paralelo às atividades didáticas, no atelier desenvolvem-se pesquisas, inclusive de professores da UFMG, como Maria do Céu Diel, Maria do Carmo Veneroso, Lucia Pimentel e Eliana Ambrósio, além de muitos alunos e ex-alunos que frequentam e debatem sua produção. Tal prática, que mescla ensino e prática de atelier, torna dinâmico o espaço de trabalho. Pensando mais além, ainda remete às origens do fazer gráfico: um ambiente onde se mescla fazer, pensar e aprendizagem.
Para não forçar um cenário formado apenas por poéticas já consolidadas, optou-se por justapor a produção dos alunos iniciantes e os que especializam nesta arte. Conferindo assim a ideia de um panorama, antes de um recorte.
O que se destaca neste momento é uma declarada apologia à tradição da gravura, não uma tradição rancorosa, mas de uma que se mantém pelo respeito à certas forças vitais alheias às facilidades e modismos. No contexto das Belas Artes, o desenho, o repertório histórico e o conhecimento técnico da arte de gravar e imprimir, se apresentam como um desafio num quadro de possibilidades aparentemente infinitas.
Para este certame de apenas um dia programou-se, além da exposição, um workshop de fotogravura com o monitor do atelier, Alê Fonseca, e um debate aberto sobre o material exposto, finalizando com uma celebração informal.
George Rembrandt Gutlich
Professor do atelier de gravura em metal da EBA-UFMG.